Apple lidera venda de e-books no Brasil

Amazon e Google vêm logo atrás, segundo números publicados no site Publishing Perspectives
 
RIO – A iBookstore, livraria digital da Apple, está na frente de seus concorrentes na venda de e-books no Brasil, diz o site americano Publishing Perspectives. Seis meses depois de ter iniciado suas operações no país, a empresa americana é responsável por 28,5% das vendas digitais de títulos de sete das maiores editoras que atuam em território nacional.
O segundo colocado é a Amazon, que iniciou suas operações no Brasil na primeira semana de dezembro, com 22%. Logo atrás vêm Google (17,5%) e Saraiva (15%). Em último lugar, está a parceria entre Livraria Cultura e Kobo (11,8%). Os dados se referem às vendas de março.
Os números não são de todas as editoras do país. Eles se referem apenas a Objetiva, Record, Sextante, Rocco, Planeta, LP&M e Novo Conceito. Juntas, elas formam um consórcio chamado Distribuidora de Livros Digitais (DLD), criado para negociar em grupo com as multinacionais que pretendiam chegar ao mercado nacional. Mas estima-se que esse grupo de sete detenha a maior parte das vendas de livros do Brasil: 30%.
O Publishing Perspectives diz que tirou os dados de um levantamento do consultor editorial Carlo Carrenho. Ele, que também é criador do Publishnews — principal boletim de notícias sobre o mercado livreiro do Brasil — os apresentou semana passada na Feira do Livro de Londres, em uma conferência.

 
Crescimento rápido

Entre janeiro e setembro de 2012, as vendas eram tímidas. A DLD vendia em média 4,7 mil livros digitais. Mas a abertura da loja da Apple em outubro fez elas triplicarem, ficando em cerca de 16 mil.
As coisas melhoraram em dezembro. Com a chegada de Amazon, Google e Kobo, as vendas dispararam. Naquele mês, as sete editoras venderam 39 mil exemplares. Depois da virada do ano, os números continuaram a crescer. Em março, passaram os 44 mil.
Chama a atenção o crescimento da Amazon. Informações divulgadas na imprensa em dezembro diziam que a gigante americana estava em quarto lugar, atrás de Saraiva e Google.
Como as sete editoras da DLD têm 30% do mercado, é possível estimar que foram vendidos 150 mil e-books no Brasil em março deste ano. Juntas, elas têm 2.300 títulos no seu catálogo digital.
 
Fonte: Maurício Meireles | O globo
 

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