Mercado de livros digitais cresce no Brasil em razão do seu baixo custo

Numa época em que tudo é digital, não poderia demorar para que os livros aderissem a essa tendência. Afinal, para ouvir uma música hoje não é mais preciso comprar um CD, só é preciso baixar pelo computador. E com o crescimento do mercado de e-books e baixos preços dos livros digitais, o número de obras digitais deve crescer cada vez mais.
Hoje, os livros digitais representam 22% dos gastos no mercado norte-americano. No Brasil, o número de livros digitalizados é de 11 mil.
“O que está impulsionando os livros digitais no Brasil é a presença da Amazon com seu profissionalismo”, afirmou Noga Sklar, editora da KBR. Ela ainda acrescenta que livros digitais “são uma tendência que já se verifica nos Estados Unidos, como a logística do e-book é bem mais simples a edição digital sai antes. Muitos títulos saem apenas em e-book por questões de interesses diversos em direitos autorais”.
“O livro em e-book tem um custo de produção menor e isso é uma porta de entrada, principalmente, para novos autores. Eu acredito que best-sellers, autores renomados, continuarão lançando seus livros tanto na versão impressa quanto na versão digital, mas a versão digital ajuda a popularizar”, afirmou Antonio Carlos, da Digital Books Editora. “Creio que seja uma tendência, apesar que estamos muito no começo ainda”, acrescenta.
Antonio Carlos ainda diz que “algumas editoras tradicionais tem resistido a isso [digitalizar os livros]”, mas afirma que apostar em livros virtuais “é inevitável”.
Sobre a importância de apostar em livros digitais na era virtual, Noga acredita que é uma “Importância total. Não só pela revitalização e democratização do hábito da leitura, como para não ficar atrás da demanda do mercado. Quem não virar digital tenderá a desaparecer”.
“Ele [o livro digital] vai popularizar a leitura, porque ele é mais barato. Acredito que o livro digital vai começar a trazer alguns conteúdos de multimídia que o livro impresso não traz. Também melhora a aceitação do costume literário para as pessoas que não têm o costume de ler. Acredito que vai ser uma nova abertura, uma nova possibilidade de as pessoas lerem. E a literatura, de qualquer forma, é uma porta de entrada para a evolução educacional do país”, afirmou Antonio Carlos.
Ambas as editoras oferecem a edição digital. Elas cobram para dar ao livro um ISBN, uma capa e uma comercialização na Amazon, na Livraria Cultura virtual e na Saraiva.com.br, entre outras lojas.
Outro exemplo de produto digitalizado é a HQ do roteirista Brian K. Vaughan e do desenhista Marcos Martín. The Private Eye foi lançada diretamente em versão digitalizada e é o próprio leitor que decide quanto vai pagar pelo produto, ou se não vai pagar nada. Mas os autores afirmaram que só vão continuar com o projeto caso o retorno financeiro possa bancar sua produção. A sugestão de preço dos autores é de 99 cents (R$2).
 
Fonte: Portal Imprensa
 
 

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