Infelizmente nem todos os consultórios têm uma administração voltada para o cliente. A maioria dos profissionais de saúde tratam aqueles que são a fonte do seu sustento, como pacientes.
Existe uma diferença enorme entre as duas formas de tratamento.
O paciente é aquele que procura o médico compulsoriamente. Ele precisa ir ao médico, não gostaria de estar ali, mas é obrigado a procurar um médico para se tratar.
O cliente é aquele que procura o médico de livre e espontânea vontade. Não necessariamente porque esteja doente, mas, para prevenir doenças, melhorar sua saúde, qualidade de vida ou até mesmo sua aparência.
O perigo de não ter a visão correta do seu consultório
Quando o profissional de saúde olha para o seu consultório apenas como um lugar de “reunião de doentes”, ele até se preocupa em manter-se atualizado tecnicamente em sua profissão mas, muito provavelmente, não está prestando atenção em outros detalhes igualmente importantes como: conforto, ambiente, tratamento dado pelas recepcionistas e qualidade no atendimento como um todo.
Neste momento o médico corre o risco de achar que as pessoas o procuram apenas por causa de seu conhecimento em medicina ou habilidade técnica, por estarem doentes e não se importem com outros detalhes.
Esta percepção equivocada do médico ou do profissional de saúde com relação ao paciente, fica pior quando trabalha com sistemas de saúde, sejam eles públicos ou privados.
O ponto cego de uma atitude ou um pensamento assim é não perceber que aquela pessoa que o procurou por obrigação, poderia voltar depois espontaneamente para evitar um problema ou até buscar uma melhor qualidade de vida.
Alguns médicos poderiam até dizer: “e daí? Pra mim, paciente é o que não falta…”, mas as coisas mudaram.
Quem conhece o atual mercado de saúde sabe que as coisas não estão mais fáceis, como eram no passado. Hoje o médico precisa suar a camisa para conquistar o seu espaço e, a cada dia, fica mais difícil ainda trazer o cliente ou o paciente para o consultório.
Qual é o seu diferencial competitivo?
Ter o conhecimento medicinal, saber realizar um diagnóstico, entregar uma receita é o que se espera de todo médico. Isso é o básico. Mas, se você quiser se destacar dos demais, é preciso dar ao cliente/paciente uma experiência que só você pode oferecer.
E esta experiência do cliente/paciente começa fora do seu consultório, na comunicação e na expectativa que é criada no imaginário dele antes mesmo da marcação da consulta.
Atualmente, não só existe uma concorrência crescente de novos profissionais que são lançados no mercado todos os anos, como também os próprios planos de saúde estão oferecendo os mesmos serviços por preços mais baixos.
Muitos profissionais de saúde já perceberam a necessidade de fazer alguma coisa diferente do que era feito no passado e estão mudando a mentalidade.
Eles já olham para o consultório como um lugar para reunir clientes e não apenas pacientes.
Este novo profissional investe em gestão, qualidade e também em marketing. Porque, de que adianta ser “o maior especialista do planeta”, se ninguém souber que você é “o maior especialista do planeta”?
Então, concluindo… O verdadeiro diferencial competitivo do médico está não apenas no conhecimento da medicina, mas também na forma como ele comunica este conhecimento para fora do consultório.
Pense nisso!