Músicas e livros digitais: isso funciona no Brasil?


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Atrás apenas de China e Estados Unidos, o Brasil ocupa a 3ª posição no mercado mundial de venda de computadores. Ao mesmo tempo em que cresce o número de PCs nos lares brasileiros, uma expansão significativa deveria ocorrer nos serviços de mídia online. Ou seja, deveríamos ter montes de livros digitais para comprar, além dos novos serviços de compra e aluguel de filmes e músicas na internet. Mas, não é bem o que acontece.
Comparado ao volume que as mídias online alcançaram no exterior, dá para dizer que ainda engatinhamos nesse setor digital. Daniel Topel, CEO da Netmovies, acha que estamos apenas no início. Para ele, os serviços de e-books e as músicas ainda trazem poucas opções. “Já a área de filmes vem acelerando bastante seu crescimento”, diz.
Apesar desses desafios, as perspectivas são boas! Além da entrada das operadoras de TV por assinatura, existem outras empresas chegando ao mercado de mídia online. Um exemplo foi a chegada recente de um dos mais famosos serviços de filmes online: com mais de 25 milhões de usuários, o Netflix lidera o mercado nos Estados Unidos.
“O Brasil é uma das maiores economias do mundo e a banda larga está começando a se popularizar. Mais e mais pessoas estão usando internet no Brasil. Nós fizemos muitos estudos ao redor do mundo e, por isso, a Netflix deve se expandir para muitos locais”, comenta Reed Hastings, CEO da Netflix. “O país possui um ótimo mercado para se começar, porque está crescendo bem rápido”, completa.
Muita gente questiona: mas se eles são assim tão fortes por lá, por que demoraram tanto para desembarcar por aqui? Não existe uma explicação única. São várias razões de mercado que não têm necessariamente a ver com a tecnologia.
“Demora para chegar por questões de infraestrutura e economia. Nos países de primeiro mundo a tecnologia chega na frente, além de ter investimentos mais fáceis e taxas de juros menores. Aqui, tudo é um pouco mais difícil”, explica Marcelo Spinassé, CEO da Truetech.
Mais do que isso, existe certo interesse dos provedores de conteúdo para que essas novidades aconteçam de maneira mais lenta e não para que – de uma hora para outra – tudo se torne digital e online. A indústria prefere que o conteúdo seja consumido em fases; por exemplo, primeiro no cinema, depois nos DVDs e Blu-Rays, na TV e, por último, online – na internet! Isso, claro, gera mais rentabilidade e maior ciclo de vida do material.
Um exemplo disso é o que está acontecendo com a Amazon. A empresa anunciou que trará seu leitor de livros digitais, o Kindle, a “preço de banana” para o Brasil. Mas, se o aparelho pode ficar mais barato, as dificuldades que a empresa tem encontrado para negociar com as editoras brasileiras podem atrapalhar a popularização. Daniel Topel aposta que, se todo mundo for consumir esse conteúdo deste novo serviço, todos os outros morrem.
Bom, mas uma coisa é clara! As mídias digitais estão aí e com bastante força. Aliás, você se lembra do CD? A chegada do MP3 fez despencar as vendas na indústria fonográfica. Será que o mesmo vai acontecer com os filmes?
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Fonte: Olhar Digital
 

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