Publicar independentemente pode ser um caminho mais rápido para ser visto e despertar o interesse de alguma editora.
“Assim como no mercado musical, a carreira independente é uma excelente opção aos escritores, pois a internet e as funcionalidades dos blogs estão mudando o conceito de relação autor-leitor. Antes, dependíamos de atravessadores como editoras, distribuidores e livrarias, e hoje podemos manter contato direto com nosso público, fazer vendas online etc.”, ressalta o consultor literário Ricardo Kelmer.
Livros publicados de forma independente podem atingir seu público alvo através da venda em livrarias online, livrarias localizadas em campus universitários, bem como através da venda em cursos, congressos, eventos e locais ligados ao assunto do livro. Mas, nunca é demais ressaltar, que esta é uma manobra arriscada. “O autor deve ser suficientemente descolado para cuidar do marketing de seu próprio livro e fazê-lo chegar às mãos do maior número possível de pessoas”, adverte Regina Giannetti.
O trabalho da editora é importante em diversas etapas do processo: revisão, diagramação, capa, avaliação de conteúdo etc. É um cuidado profissional na confecção do trabalho, porque livro não é só tinta no papel.
Há pessoas que adotam essa estratégia para irem mais além: mandam imprimir algumas dezenas de livros e os enviam às editoras. “Sem dúvida, a embalagem do livro pode despertar o interesse de um editor, mas o que irá atraí-lo realmente é o conteúdo”, diz Regina.
Confira os prós e contras da publicação independente
Para fazer isto de forma autônoma, a internet é uma excelente aliada. Estão disponíveis, hoje, programas de edição em que é possível formatar as obras que saem prontas para impressão. Se a intenção for mostrar o trabalho a amigos ou montar um portfólio para impulsionar novas publicações, este pode ser o caminho.
Pedro Drummond, coordenador do portal Mesa do Editor, não aposta em livros produzidos em uma gráfica, sem a participação de uma editora. “São muito raros os casos em que uma publicação assim se transforma em um produto bem apresentado. O trabalho da editora é importante em diversas etapas do processo: revisão, diagramação, capa, avaliação de conteúdo etc. É um cuidado profissional na confecção do trabalho, porque livro não é só tinta no papel”, avalia.
Para os que desejam publicar um livro para realizar um sonho ou puramente por vaidade, o caminho independente pode ser uma boa solução. Já para os que desejam reconhecimento profissional, não é bem assim que a banda toca. “Nada dá mais status do que ter um livro publicado por uma editora bem conceituada. O selo de uma boa editora na capa do livro é como um carimbo que atesta a qualidade do trabalho do autor”, ressalta Regina Giannetti, consultora literária.
Publicado originalmente no Bolsa de Mulher