Tablets vão engolir os e-readers

O número de brasileiros que lê livros digitais cresce a cada dia; no final do ano passado, esse número já ultrapassava nove milhões de leitores. A chegada de grandes livrarias virtuais ao país – como Amazon, Google Play e a iBookStore – também animou o setor. Junto com elas e-readers (os leitores digitais) lançados oficialmente por aqui deram uma força extra aos e-books.
Bom, parece que a exemplo de países como os Estados Unidos, onde os e-books já vendem mais do que os livros em papel, o Brasil também segue o mesmo caminho; ainda que seja apenas um começo. Mas, e na hora de escolher onde ler esse livro digital? Além dos e-readers, há ainda a opção dos tablets e smartphones, que trazem diversos aplicativos de leitura – inclusive apps das próprias marcas fabricantes dos leitores digitais.
Uma coisa é certa, tablets e e-readers cumprem a função. É possível ler com total comodidade e funções idênticas nos dois dispositivos. Mas são aparelhos com propostas e características diferentes. Enquanto o tablet é mais voltado para o consumo de conteúdo, acesso à internet e dezenas de outras possíveis funções com o download de aplicativos, o e-reader é somente para ler livros digitais; mas isso tem suas vantagens.
“Com o tablet você pode ter sua atenção dispersa por entradas, posts do Facebook, do Twitter, emails que chegam. No e-reader é como o livro: você lê; você simplesmente lê.” sentencia Joaquim Garcia, diretor de tecnologia da Livraria Cultura.
De qualquer forma, tablets e e-readers não competem entre si nas prateleiras. Afinal, o objetivo das fabricantes dos dois dispositivos é que, na verdade, eles sejam complementares. Ou seja, que você tenha um e-reader para ler e um tablet para fazer todo o resto que desejar. Mas se o seu negócio for realmente literatura, talvez os e-readers sejam o mais indicado – novamente, ainda que os tablets tragam apps idênticos para a leitura digital.
Podemos começar pela comodidade: os principais e-readers do mercado são leves, normalmente não ultrapassam os 200g. A duração da bateria é outro diferencial; enquanto alguns e-readers podem ser usados por até 30 dias com apenas uma carga, a bateria dos tablets – se este for usado durante todo um dia – normalmente não ultrapassará as 10 ou 12 horas.
Joaquim Garcia ressalta outros pontos. “Uma outra característica é a tela. Ela é fosca, ela é opaca, ela tem um tratamento que evita o brilho da luz. Você pode ler em qualquer ambiente. Num ambiente sem muita luminosidade e num ambiente com extrema ação da luz.”, diz.
Não podemos deixar de comentar o preço também. Enquanto você já encontra e-readers a partir de R$ 200, um tablet de grande marca não sai por menos de R$ 500. Detalhe, estamos falando de tablets reconhecidos no mercado. Se você optar por um modelo xing-ling pode encontrar muito mais barato que isso, mas certamente não terá algo de muita qualidade nas mãos.
Resumindo, tablets e e-readers podem conviver em harmonia; mas, talvez não haja tanto espaço para os dois. Quem tem um tablet pode optar por aplicativos para ler os livros digitais com a mesma qualidade, mas algumas características diferentes. Agora se o negócio for ler e somente ler, os e-readers também são bastante legais. Ah, e se você é daqueles que adora compartilhar tudo, alguns e-readers já permitem até que você compartilhe suas estatísticas de leitura e até trechos de livros favoritos em uma rede social específica.
E aí, qual é a sua escolha? Deixe sua opinião nos comentários; será que essas previsões da indústria de que tablets e e-readers conviverão paralelamente em harmonia é mesmo factível? Ou os tablets vão dominar esse mercado também? Nós, aqui do Olhar Digital, temos a impressão de que os tablets vão acabar engolindo os e-readers, mas isso é só palpite. E você o que acha? Participe, divirta-se e boa leitura!
Assista ao vídeo!

 
Publicado originalmente no Olhar Digital

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