É, amigos, a Internet, as redes sociais e a triste era da “pós-verdade” em que vivemos estão nos dando cada vez mais exemplos de como o ser humano pode ser escroto.
Dessa vez iremos falar de uma banda chamada Threatin, que toca hard rock, vem de Los Angeles e conseguiu o que muita gente quer fazer quando inicia sua carreira: uma turnê pela Europa.
Acontece que a turnê foi conquistada a partir de uma pilha de mentiras, já que Jered Threatin, líder da banda, forjou números, comprou seguidores e chegou até a fazer o absurdo de editar um vídeo ao vivo para parecer que os seus shows estavam lotados.
Nota do editor: convenhamos que a edição é bem ruim e dava pra sacar que algo de errado estava acontecendo, como pode ser visto no vídeo ao final do post.
Com essa artilharia pesada de fake news, o cara conseguiu enganar produtores europeus dizendo que seus shows já tinham centenas de ingressos comercializados em pré-venda, mas à medida que as apresentações foram acontecendo, ninguém foi aparecendo nas casas.
Um membro da banda The Unresolved, que abriu para o Threatin em Birmingham, chegou a dizer que havia 13 pessoas no local: “o engenheiro de som, o barman, 10 pessoas que nós levamos e uma pessoa que realmente comprou ingresso”.
O site MetalSucks fez uma longa pesquisa sobre todo o caso que pode ser vista por aqui, e logo abaixo você pode assistir ao clipe de “Living Is Dying”, que mostra Threatin tocando todos os instrumentos e tem absurdos 800 mil views; a maioria deles comprados, obviamente. Não à toa, os comentários estão desativados no vídeo.
Moral da História
Não compre seguidores. Se você for uma banda, selo, produtora, site, etc. Não vale a pena, não vai dar certo e, ao final de contas, você vai queimar a sua marca e virar motivo de piada.
Segunda moral da história: não acredite em tudo que vê por aí. Desconfie dos vídeos com milhões de visualizações no YouTube de artistas que não comovem ninguém com suas músicas. Infelizmente o mercado de seguidores e views existe e infelizmente (2) é utilizado por muita gente por aí.
Publicado originalmente em Tenho mais discos que amigos