Cinco tendências atuais do mercado editorial

Existem algumas tendências de marketing para o mercado editorial para as quais o autor de livros, seja ele independente ou contratado por uma editora, precisa se preparar melhor se quiser encontrar o “para quem escrever”, o “sobre o que escrever”, o “como” e o “onde disponibilizar sua obra”.
Vamos, então, às cinco tendências do mercado editorial que já estão se consolidando pelo mundo todo rapidamente e que afeta diretamente como se compra e como se lê livros atualmente.
 

1- Crescimento do mercado editorial digital e de autopublicação

A verdadeira revolução do mercado editorial encontra-se, atualmente, na distribuição e no acesso ao livro e não na plataforma de leitura.
(Carlo Carrenho)

Não é mais hora de discutir se é melhor ler na tela ou no papel. Esse discurso já está superado. A questão é que, através do meio digital, consegue-se distribuir o livro de forma muito mais eficaz e mais rápida, além da possibilidade de permitir o acesso a uma biblioteca mundial. A distribuição digital do livro permite a democratização da leitura como nunca havia acontecido antes na história da humanidade.
Além disso, essa nova forma de entregar o livro/conteúdo ao leitor, possibilita que não somente as grandes editoras, mas também as pequenas editoras e os autores independentes coloquem suas obras disponíveis para serem adquiridas em todo o globo.
 

2- Publicação para nichos e especialização de conteúdos

Cada vez mais os escritores precisarão encontrar um nicho de mercado e falar com um público específico. A tecnologia e a globalização ultrapassaram as barreiras geográficas e potencializou a descoberta e utilização dos nichos. Um eBook ou livro editado no Brasil, em português, por exemplo, pode ser adquirido em qualquer outro país do mundo onde se fale a língua portuguesa.
Será cada vez mais raro o lançamento de grandes bestsellers, ou seja, um livro que seja feito para todo mundo ao mesmo tempo, para todos os gostos, que todos queiram comprar,  já que o mercado de livros está ganhando contornos cada vez mais especializado e direcionado para um público alvo selecionado e que busca produtos e serviços personalizados.
 

3- Tendência de novas formas de consumo

O novo consumidor não se limita mais a adquirir o livro em apenas uma plataforma ou mídia, ou seja, este novo consumidor adquire o conteúdo, a história e não mais o papel, o livro impresso. Hoje o mercado editorial concorre com toda a indústria de entretenimento, isso sem contar a internet. O consumidor é quem decide como quer comprar a história, se será em livro impresso, livro digital, audiolivro ou até em filme.
Os autores e editoras precisam aprender a oferecer o conteúdo quando, como, onde e por quanto o consumidor está disposto a pagar.
 

4- Tendência ao desaparecimento ou transformação das livrarias e crescimento do e-commerce

A Barnes & Noble, uma das maiores redes de livrarias dos EUA, pretende fechar 1/3 das lojas físicas durante a próxima década; O Reino Unido perdeu 7% das livrarias independentes em 2012; A receita das livrarias nos EUA perdeu 0,5% em 2012.
As livrarias estão, aos poucos, deixando de ser o único lugar onde se compra livros.
Cada vez mais o e-commerce cresce em comparação às redes físicas. No entanto, nunca uma livraria on-line vai permitir a mesma experiência de descoberta de uma loja física.
 

5- Tendência do consumidor gastar mais tempo com outros tipos de entretenimento do que com livros

Como nós já vimos anteriormente, a forma de adquirir o conteúdo dos livros está mudando. Consequentemente, o consumidor ou leitor de livros está gastando mais tempo com outras formas de passar o tempo além do livro.
A concorrência do livro não é mais só com outro livro. Hoje existe uma série de produtos substitutos ao livro. O livro disputa espaço e tempo com o filme, com o video game, com as redes sociais, com portais da internet, com o entretenimento em família, com o trabalho, etc.
O jeito de contornar isso é pensar o livro além do livro. A evolução é inevitável. É preciso se adaptar rápido a este novo modelo de consumo para se obter alguma vantagem competitiva no mercado editorial.
O conteúdo as editoras e autores já possuem ou estão trabalhando nele, falta agora aprender a entregá-lo nestes novos formatos.
 
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